Jerónimo - Mário
Zé LG, 08.12.05
Intitulei este alvitre assim porque o frente-a-frente foi muito cordial, tendo mesmo Soares chamado amigo a Sousa. Porque teria sido?
Jerónimo de Sousa esteve bem quando:
- Disse que o PR tinha de cumprir e fazer cumprir a Constituição (Mário Soares disse que quando foi PR sempre a cumpriu, mas não disse que a fez cumprir);
- Lembrou que a Constituição contém um conjunto de princípios, favoráveis aos mais necessitados, que não têm sido cumpridos;
- Criticou as políticas lesivas dos trabalhadores e dos mais desfavorecidos;
- Se distanciou do regime chinês, dizendo que o PCP tem um modelo próprio para Portugal;
- Defendeu que se caminhe para a dissolução da NATO ou a saída de Portugal dela, como aponta a Constituição, respeitando, entretanto os compromissos assumidos;
Esteve menos bem:
- Na crítica à União Europeia, deixando a ideia de que o PCP está contra ela, quando está contra o modelo dominante;
- No elogio ao segundo mandato presidencial de Soares;
- Na falta de propostas para resolver os problemas que aponta.
Mário Soares esforçou-se por namorar o eleitorado comunista para uma eventual 2ª volta e dissuadir os que possam ter a tentação de votar Cavaco.
Fez uma evocação histórica do seu papel valorizando os momentos de aproximação do PCP e o papel deste e jutificando os momentos de maior afastamento.
Tentou, não o conseguindo, afirmar a sua independência do governo, insistindo com frequência na justificação das suas políticas.
Foi claro na defesa do federalismo e do modelo social europeu.
Foi contundente na crítica ao regime chinês.
Afirmou que a NATO só deveria intervir en acções de defesa.
Em suma:
- O debate foi calmo e esclarecedor, com excepção de alguns pontos (já referidos e
outros);
- As declarações finais de ambos foram fracas;
- Jerónimo de Sousa esteve em bom nível, com algumas falhas (principalmente as referidas);
- Mário Soares esteve abaixo das espectativas, relativamente apagado.
Jerónimo de Sousa esteve bem quando:
- Disse que o PR tinha de cumprir e fazer cumprir a Constituição (Mário Soares disse que quando foi PR sempre a cumpriu, mas não disse que a fez cumprir);
- Lembrou que a Constituição contém um conjunto de princípios, favoráveis aos mais necessitados, que não têm sido cumpridos;
- Criticou as políticas lesivas dos trabalhadores e dos mais desfavorecidos;
- Se distanciou do regime chinês, dizendo que o PCP tem um modelo próprio para Portugal;
- Defendeu que se caminhe para a dissolução da NATO ou a saída de Portugal dela, como aponta a Constituição, respeitando, entretanto os compromissos assumidos;
Esteve menos bem:
- Na crítica à União Europeia, deixando a ideia de que o PCP está contra ela, quando está contra o modelo dominante;
- No elogio ao segundo mandato presidencial de Soares;
- Na falta de propostas para resolver os problemas que aponta.
Mário Soares esforçou-se por namorar o eleitorado comunista para uma eventual 2ª volta e dissuadir os que possam ter a tentação de votar Cavaco.
Fez uma evocação histórica do seu papel valorizando os momentos de aproximação do PCP e o papel deste e jutificando os momentos de maior afastamento.
Tentou, não o conseguindo, afirmar a sua independência do governo, insistindo com frequência na justificação das suas políticas.
Foi claro na defesa do federalismo e do modelo social europeu.
Foi contundente na crítica ao regime chinês.
Afirmou que a NATO só deveria intervir en acções de defesa.
Em suma:
- O debate foi calmo e esclarecedor, com excepção de alguns pontos (já referidos e
outros);
- As declarações finais de ambos foram fracas;
- Jerónimo de Sousa esteve em bom nível, com algumas falhas (principalmente as referidas);
- Mário Soares esteve abaixo das espectativas, relativamente apagado.