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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Rombos que uns provocam e outros pagam

Zé LG, 08.10.11

Confesso que me irritam os pascácios de boca aberta, pasmados!, falsamente surpreendidos pelas notícias dos rombos que uns provocam e outros pagam.

Foi assim com o BPN. Em 2001, repito a data: 2001!, o jornalista Camilo Lourenço denunciou na revista 'Exame' o escândalo BPN. Foi obrigado a demitir-se. Vários anos e vários milhares de milhões de euros depois, acordaram os pascácios de boca aberta quando Miguel Cadilhe alertou para os activos extravagantes e outras práticas pouco ortodoxas correntes na instituição.

Espantosa e única conclusão: em Portugal ninguém leu aquele número da revista que não terá chegado, sequer, ao Banco de Portugal, Ministério das Finanças, Procuradoria da República.

Há meses, o jornalista Ribeiro Cardoso publicou um livro denunciando os activos extravagantes da Madeira e outras práticas pouco ortodoxas que são o pão-nosso-de cada-dia naquela Região Autónoma. Seguiu-se o silêncio na Piolheira. Alguns meses e alguns milhares de milhões de euros depois, acordaram os pascácios de boca aberta com o alerta da 'Troika': «Há dívida oculta na Madeira!».

Espantosa e única conclusão: em Portugal ninguém leu o livro de Ribeiro Cardoso com o sugestivo título "Jardim, a Grande Fraude". E nenhum exemplar terá transposto as portas do Banco de Portugal, do Ministério das Finanças, da Procuradoria da República.

Conclusão das conclusões: a iliteracia, o analfabetismo e a dissimulação saem caros, muito caros.

E um conselho para os pascácios pasmados: fechem a boca e leiam qualquer coisita de vez em quando. É que faz bem ao intelecto e pode poupar-nos muito dinheiro.

 

Publicada por Pedro Martins em 11:45, no seu A Dita e o Balde.l

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